O filósofo
francês Pierre Lévy traz em “O
que é virtual?” uma maneira distinta de se analisar este tema, que já foi
abordado por vários outros autores. Seu livro estuda a virtualização que
retorna do atual ou real em direção ao atual, e suas consequências para a
sociedade. O autor busca conceituar virtualização, atualização, potencialização
e realização. Lévy deixa claro
que a palavra “virtual” não se aplica apenas às redes digitais. Ele mostra
que a imaginação, a memória, o conhecimento e a religião também podem ser
considerados virtualização, apesar de admitir que a tecnologia
potencializa o virtual.
Segundo o filósofo , quando o conhecimento e a informação se
virtualizam, passam a ser desterritorializados, não estão presentes, o que é
exemplificado por Lévy pelo hipertexto e pela
“empresa virtual”. Ele também conceitua “inteligência coletiva” e afirma que
ninguém pensa sozinho, e que as ferramentas, artefatos, conhecimentos e
informações fazem parte da chamada memória longa da humanidade, e que quando
utilizamos essas informações, estamos recorrendo a inteligência coletiva, que é
altamente variável devido à cultura. Por isso a importância do compartilhamento
de informações e conhecimentos, o que Lévy chama de
“comunicação-todos-para-todos”. Existe no jornalismo hoje, com a comunicação
digital, maior troca de informações e conhecimentos entre jornalistas e
leitores.
O autor diz que uma outra característica da
virtualização é o efeito Moebis, ou seja, a passagem do interior ao exterior e
vice-versa. Exemplos: relações do privado com o público, do autor com o leitor.
Ele também aborda o assunto do
ciberespaço, e diz que nele todos são potencialmente emissores e receptores.
Aluna: Victoria Pagnozzi
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