Amanda Oliveira: http://www.flickr.com/photos/100451955@N02
Bruna Luíza Karas: comunicandoup.tumblr.com
Daniele Vieira: http://semanadacomunicacao2013.wordpress.com
Eluyse de Lima: http://instagram.com/comunicandoup
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Karla Kachuba: https://twitter.com/comunicandoUP
Luiza Jacometto: https://www.facebook.com/comunicandoup
A Semana de Comunicação, realizada pelos cursos de
Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Positivo chegou à
terceira edição este ano. O evento, que aconteceu nos dias 20, 21 e 22 de
agosto de 2013, foi marcado por palestras e oficinas que puderam atribuir
conhecimento aos estudantes de ambos os cursos. Além disso, as atividades
propostas também incentivaram uma maior interação e troca de experiências entre
os alunos e os profissionais já inseridos no mercado de trabalho há um longo tempo.
Na
abertura da Semana, a professora e coordenadora do curso de Jornalismo, Maria
Zaclis Veiga, deu as boas vindas aos estudantes e destacou a importância de
ambos os cursos de Comunicação Social, que de alguma forma se interligam.
“Embora as práticas profissionais sejam absolutamente diferentes, a gente tem
uma linha em comum que é a comunicação, que é chegar ao público. A ideia é que
a gente consiga se aproximar cada vez mais.”.
Neste
ano, a Semana de Comunicação homenageia o publicitário, jornalista e poeta
curitibano Paulo Leminski, uma das maiores figuras da literatura paranaense. No
primeiro dia de palestra, para falar sobre o artista, o evento contou com a
ilustre presença de sua família: as filhas Áurea e Estrela Leminski e a esposa
Alice Ruiz. “Nada que ele fazia era sem sal”, disse Estrela, ao relatar que o
pai, ao mesmo tempo que se dedicava à literatura, tinha grandes vínculos com
obras musicais. O foco de Paulo Leminski era criar. Alice Ruiz, por sua vez,
conta que o marido tinha uma forma inovadora de escrever, que até então,
artista nenhum havia abordado. “Ele caminhou em direção à simplicidade, à
linguagem de falar diretamente com as pessoas. Ele transformou a poesia
concreta em algo acessível a todos.”.
A
palestra Múltiplo Leminski foi de um grande enriquecimento, pois pudemos
conhecer um pouco mais da carreira e da intimidade do escritor. A senhora Ruiz
comentou que o início da carreira de Leminski foi uma grande luta, que eles
venceram com “qualidade e persistência”.
O
segundo dia da Semana de Comunicação contou com a participação de Rogério
Galindo, repórter da Gazeta do Povo e responsável pela série de reportagens
“Crimes sem Castigo”, publicada no começo do mês de Agosto. Galindo contou ao
público como ocorreu o processo de apuração de dados, que durou aproximadamente
um ano, e como foi o desenvolvimento das matérias. A palestra do dia 21 também
contou com a presença das alunas da Universidade Positivo, Bruna Teixeira e
Viviane Menosso que fizeram parte da equipe de Galindo.
A série
“Crimes sem Castigo” mostrou ao público números assustadores, pois há um grande
índice de impunidade e que 56% dos homicídios analisados tiveram ligação com
drogas. Segundo Rogério Galindo a maior preocupação era de que as primeiras
matérias não estragassem as últimas.
Uma das
últimas palestras da Semana de Comunicação da Universidade Positivo foi sobre o
caso Tayná e a ética envolvida (ou não) no processo. Os participantes foram: o
jornalista correspondente da UOL em Curitiba, Rafael Moro; a vice-presidente da
Comissão de Direitos Humanos da OAB Federal, Isabel Kluger e o advogado dos
quatro suspeitos iniciais do crime, Roberto Rolim.
A primeira
a falar foi Isabel. Ela destacou que a investigação está cheia de interrogações
e que recebe dos presos constantes denúncias de tortura por parte dos
policiais. Para ela, o caso Tayná veio para dar uma luz a estes acontecimentos e,
talvez, solucionar estes problemas de tortura. O ex-advogado dos suspeitos, Roberto Rolim, foi quem
suspeitou de tortura ao chegar na delegacia para ouvir o depoimento dos homens
e reparou em feridas abertas, dificuldade para sentar na cadeira, desnutrição,
entre outros. Rolim foi destituído pelos próprios presos e agora é somente o
advogado da família deles.
Por fim, o jornalista Rafael Moro destacou
alguns pontos importantes. Para ele, se a imprensa não tivesse entrado na
história, o caso teria sido facilmente fechado com os suspeitos considerados
culpados. Ele disse também que alguns jornalistas presenciaram cenas de
agressão contra os suspeitos e fizeram suas reportagens sobre a declaração dos
acusados sendo que, para ele, nestes casos as reportagens deveriam ter sido
sobre as agressões presenciadas. Uma das falas do jornalista que devem ser
destacadas foi: “que tipo de jornalismo nós fazemos hoje? O Futuro do pretérito
salva você do processo, mas não salva a pessoa que você está expondo”.