Isabela Rocco e Luiz Richalski
Ryan Holiday, já no início de seu livro fala sobre um artigo do New York Times,
sobre Tim Pawlenty, Governador que se tornou um candidato real a Presidente por meio de um blog chamado Politico. Ele não era candidato, até
porque faltavam mais de dois anos para as eleições presidenciais, porém um jornalista achou um meio de dar mais fama ao blog dele. O jornal New York Times
chegou a fazer a cobertura do suposto candidato por meio do Politico (blog). Isso
introduz perfeitamente o capítulo 1, que é nomeado “Blogs fazem notícia”.
Para o autor, qualquer tipo de publicação online pode ser
chamado de blog. Isso inclui até redes sociais, como o Twitter, por exemplo.
Antigamente, os jornalistas tiravam suas notícias de outras manchetes de
jornais e revistas. Hoje, blogs são os veículos pelos quais jornalistas
descobrem e pegam notícias.
O segundo capítulo chama-se: como transformar nada em algo
em três passos fáceis demais. Logo abaixo do título do capítulo, o autor coloca em destaque o artigo de Kurt Bardella (ex-assessor de imprensa
do deputado republicano Darrel Issa), no qual o assessor critica o modo como
alguns veículos tornaram-se tão dependentes de notícias prontas, com repórteres
que apenas reproduzem aquilo que acham. Dessa forma, tornando seu trabalho
preguiçoso e prejudicado, já que os mesmo estão na época em que se exige
quantidade ao invés de qualidade.
Em seguida, Ryan relata como manipular a imprensa é,
relativamente, fácil e quase que involuntário. Pois, na internet atual, blogs
informam blogs que acabam informando outros blogs. De acordo com a blogueira
Lindsay Robertson, devemos começar pelos blogs menores, que vasculham a
internet agilmente, para que chamem a atenção dos maiores. Entendendo que,
atualmente, o conteúdo é filtrado de cima para baixo e vice versa. Levando em
consideração dos três níveis da corrente para se manipular a imprensa: o ponto
de entrada, a mídia influente e nacional. Veja como é:
- Se inicia com uma publicação nos blogs pequenos, que
abordam um assunto específico ou certa localidade;
- Conseguindo isso é aguardar pelas mídias influentes, que
usam tais blogs para buscar pautas, acabam se deparando com o post e replicarão
nos seus respectivos veículos (eles não se aprofundam na informação, pois têm
confiança nos blogs);
- O terceiro passo é o mais fácil, porém deve-se ter
sutileza. Os sites e veículos já estarão ao seu lado, pois se a notícia chegar
à primeira página agregará milhares de visualizações para eles. E sucesso nos
níveis mais baixos é evidência de resultados em uma plataforma nacional.
O autor também mostra as consequências desta forma falsa de
divulgar notícias, que pode não ter um impacto positivo, podendo entediar
leitores, ferir sentimentos ou causar mortes. Ele exemplifica relatando o caso
de Terry Jones, o pastor que tentou queimar vários exemplares do Alcorão. O
mesmo teve seu ato manipulado pela mídia, o que acabou resultando em protestos
e mortes no Afeganistão, além de causar a própria condenação à morte.
O terceiro capítulo, “O golpe dos blogs” fala sobre como os
blogs ganham dinheiro online. É preciso manter leitores e acessos para que isso
dê certo. A preocupação da mídia comum é manter o nome, e a preocupação do blog
é construir um nome. Ganhar reconhecimento é a principal aspiração. O blog funciona como um tipo de “venda” que
os leitores têm que “comprar”. Há uma grande responsabilidade envolvida nas
publicações, pois apenas uma simples citação postada fora do contexto já pode “disparar
o sistema”; gerar uma repercussão fora do comum.
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