Alunos: Ana
Clara, Amanda Oliveira, Graziela Fioreze e Lucas Souza.
Considerado
como uma das maiores vitórias do Greenpeace no Brasil, a Moratória da Soja,
acordo que foi estabelecido em 2006 e que está em vigor até hoje, conseguiu
diminuir o desmatamento na Amazônia, com a ajuda da internet.
Através
de uma investigação, feita pela Greenpeace, sobre a expansão da indústria da
soja no Brasil, houve a descoberta de que multinacionais norte-americanas
estavam envolvidas com o desmatamento na região amazônica, causado pela
plantação de soja. As multinacionais Archer Daniels Midland (ADM), Bunge e
Cargill, empresas que juntas controlavam 60% de todo o financiamento da
produção de soja no país, eram responsáveis por financiar a abertura de
estradas em áreas de floresta, e pela construção de portos e silos.
Além
disso, compravam a soja produzida em fazendas envolvidas com grilagem de
terras. Essas empresas forneciam aos produtores de soja crédito fácil e mercado
garantido, dando incentivos e recursos, como sementes e fertilizantes, para que
eles comprassem e desmatassem grandes extensões de terra. A grande maioria
desta soja era exportada para a Europa, para ser comercializada como ração
animal, usada em produtos como o Chicken McNuggets do McDonald’s.
Após intensa campanha do
Greenpeace no Brasil e na Europa, com a publicação do relatório “Comendo a
Amazônia”, que foi divulgado na internet detalhando os impactos negativos da
expansão da soja na floresta amazônica, a indústria de grãos brasileira, junto
com empresas da indústria de alimentos na Europa (Carrefour, McDonald´s Europe,
Marks and Spencer, ASDA, Nutreco, Ritter Sport) realizaram um acordo,
decretando a moratória, com o objetivo de "não comercializar a soja da
safra que será plantada a partir de outubro de 2006, oriunda de áreas que forem
desflorestadas dentro do Bioma Amazônico, após a data do presente
comunicado". O compromisso foi anunciado em 24 de julho de 2006.
A
moratória tem o compromisso de elaborar e implementar um sistema efetivo de
mapeamento e monitoramento do Bioma Amazônico, desenvolver estratégias para
encorajar e sensibilizar os sojicultores a atenderem o disposto no Código
Florestal Brasileiro e trabalhar em conjunto com outros setores interessados
para desenvolver novas regras de como operar no Bioma Amazônico.
O
monitoramento na Amazônia comprovou que a moratória contribuiu para a queda do
desmatamento, não apenas na Amazônia. O Mato Grosso, maior estado produtor de
soja no Brasil, apresentou uma redução de 40% no índice de desmatamento entre
agosto de 2006, quando a moratória foi anunciada, e maio de 2007, comparada com
o mesmo período do ano anterior. No Pará, houve uma redução de 41% na área
plantada com soja desde o anúncio da moratória, uma queda significativa quando
comparada com a média nacional, que foi de 9,3%.
Confira o blog do grupo: http://brasilcyber.blogspot.com.br/
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