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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Acredite, estou mentindo - capítulos 4, 5 e 6

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Alunas: Luíza Giovana, Suelen de Paula, Débora Maria e Mariane Moreira.
‘’Acredite, estou mentindo’’, como a própria chamada da capa diz, é um livro “espantoso e perturbador“.
Ryan Holiday é um manipulador das mídias sem pudor algum. Existem momentos em que o autor nos leva a pensar que é um psicopata e outras que elevam o nosso conceito sobre ele e pensamos “nossa, como ele é demais”. Ele consegue impactar, e nos leva a entender como as coisas realmente funcionam nesse meio, sendo ético ou não.
A mídia hoje é alimentada de informações bombásticas e que chegam o mais breve possível. Rapidez. Esse é o grande item da vez. O mundo jornalístico vive dessa velocidade, e a cada dia buscam notícias factuais, rumores e etc. O jornalismo online nada mais quer além de visualizações de páginas e compartilhamentos nas redes sociais, é isso que importa no momento. O que ninguém nem imagina ou presta atenção no dia a dia, é que isso é um sistema vulnerável e manipulado, e o Sr. Holiday se tornou mestre nesse quesito de manipular a mídia para conseguir divulgar o que quer e enganar. Ele é maquiavélico, eu diria. Porém, nesse livro ele trás os segredos e ensina como a mídia funciona na íntegra, mostrando e contando o que fez durante a sua carreira da forma mais honesta possível.

Nos primeiros três capítulos ele trás uma introdução mostrando aos poucos, entrando de leve nos assuntos, começando com os blogs. A partir do 4º capítulo ele ensina como utilizar táticas que, para ele, são eficientes nesse meio virtual. No total, são nove táticas. “Dar um golpe nos maiores golpistas”, como diz o próprio autor ao explicar o porquê e para quê funcionam as mídias. É possível manipular os sites utilizando apenas essas táticas, se aproveitando de sua vulnerabilidade e controlando o fluxo de informação na internet.

Cap. 4 – 1ª tática: Blogueiros são pobres, ajude-os a pagar suas contas.
O que mais se busca ao contratar blogueiros, é a sua rapidez ao publicar o conteúdo na web. A informação gira em torno da rapidez. Os leitores esperam o conteúdo completo, mas na horar. A forma de pagamento dos blogueiros reflete na qualidade, velocidade e precisão do conteúdo informativo. No começo, os pagamentos dos redatores eram feitos de acordo com os artigos publicados, ou seja, quanto mais artigos, mais esse jornalista iria ter de “salário”. Gawker, por sua vez, estabeleceu uma nova forma de pagamento para os blogueiros, a indústria abandonou o velho padrão de pagamento por artigo, para um sistema de pagamento por visualização de página, que dava um bônus aos redatores baseados no tráfego mensal que geravam. Esse bônus era um adicional em cima do seu salário fixo mensal – estilo uma comissão – ou seja, quanto mais visualizações os jornalistas tinham com suas matérias publicadas, maiores eram os seus salários. Eles podiam duplicar, triplicar o salário, e assim por diante. Hoje o sistema de bonificação ainda continua, mas não na mesma proporção dessa época quando surgiu. A média hoje é de que um redator precisa de 100 mil visualizações para conseguir 58 dólares. Porém, essa tarefa trouxe muitas dificuldades ao mundo dos blogueiros, que têm de ir em busca de muitas visualizações para uma boa remuneração. Alguns sites como o Google e o Youtube, por exemplo, só pagam em cima de visualizações, não existe remuneração fixa.

- Prontos para exploração: O que tudo isso significa, segundo o autor, é que se os blogueiros desejam ficar ricos, ou ao menos pagar as suas contas mais básicas, eles precisam ir em busca - de muitas visualizações. E é nesse contexto que entra a participação maquiavélica do nosso querido manipulador de mídias – Ryan Holiday – na parte de distribuir produtos grátis para esses blogueiros. Por exemplo, a distribuição de roupas para blogs de moda que publicam fotos de roupas de tal marca todos os dias. E qual a intenção? Divulgar a marca, e depois oferecer um contrato, de modo que os blogueiros recebam uma comissão toda vez que alguém comprar algo após visualizar as fotos no blog, ou seja, lucro.
Blogueiros querem dinheiro, e na maioria das vezes não se preocupam se os escândalos sobre os quais escrevem são verdadeiros ou não. O autor descreve que já perdeu as contas de quantas grandes histórias já contou para blogueiros, todas elas favoráveis a ele, mas que não eram verdade, porém através delas esses blogueiros ascenderam na carreira de jornalista, conseguindo trabalhos em revistas, jornais, TV e etc.

Cap. 5 – 2ª tática: Diga-lhes aquilo o que querem ouvir.
Os jornalistas dependem de suas fontes, e essas fontes têm seus interesses próprios.  Eles raramente testemunharam algum fato sobre o qual estão escrevendo, precisam dessas fontes. Nessa realidade, tudo é pintado por essas fontes que querem se auto beneficiar com “informações”. O wikipédia é muito utilizado como fonte de pesquisa, até por jornalistas. Porém, é um ato muito perigoso e nada confiável, pois o conteúdo do site pode ser modificado por qualquer pessoa, e assim também manipulado. Algo que o nosso manipulador de mídia não deixou de fazer para conseguir seus interesses, claro, manipulando o site, colocando as informações de seu interesse, e dessa forma divulgando um produto ou alguém. O jornalista que irá pesquisar no wikipédia e reproduzir essa informação em seus blogs, fará com que a informação seja visualizada por mais e mais pessoas, e a mentira será confiada pelas pessoas como algo verdadeiro. Aliás, uma das coisas também defendidas pelo autor na divulgação de seu produto: a mentira.

Cap. 6 – 3ª tática: Dê-lhes o que se espalha, não o que é bom.
 A mídia é manipuladora, e pode de maneira negativa induzi-lo a reproduzir e compartilhar o material que ela produz. Por exemplo, há estudos de sujeitos que assistiram vídeos negativos (guerra, acidente de avião, execução, desastre natural) e que ficaram mais agitados e conseguiram se lembrar melhor do que aconteceu, prestar mais atenção e empregar mais recursos cognitivos para consumir a mensagem do que quando o material não negativo. “Esse é o tipo de coisa que faz você compartilhar. Eles mexem com seus botões para vocês clicarem nos deles.” O autor não dispensa de maneira alguma de táticas fraudulentas para vender seus produtos, o que importa é vender. “Cada uma delas’’, as táticas, ‘’expõe uma vulnerabilidade patética do nosso sistema de mídia e, quando manejadas adequadamente, fornecem meios para controlar o fluxo de informações na internet” – Ryan Holiday.

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