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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Acredite, estou mentindo - Capítulos 13, 14 e 15

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Alunas: Amanda Oliveira, Ana Clara Colemonts, Graziela Fioreze, Luana Vosgerau e Victória Pagnozzi.

CAPÍTULO 13: O QUE FAZ BLOGAR SER TÃO VENENOSO

O autor do livro, no capítulo 13, discorre sobre dois casos presenciados por ele que envolvem a manipulação nas mídias, neste caso, relacionado a blogs.
No ano de 2010, o autor supervisionou a produção de uma nova linha de esmaltes de um empresa americana, que garantia a segurança ambiental do produto. Para a nova linha em especial, a empresa terceirizou a produção dos esmaltes para uma empresa familiar muito antiga, na região de Long Island. Ao despachar o produto, os funcionários perceberam que diversos frascos estavam danificados e trincados. O procedimento a ser seguido seria retirar os esmaltes já expostos nas prateleiras e fazer a reposição. Mais de 50 mil frascos deixaram de ser comercializados em 20 países.
A manipulação de um blog começou quando a blogueira IrinCarmon, do Jezebel, publicou um artigo na internet. O título da publicação era: “Será que o novo esmalte da American Apparel contém material perigoso?”. Somente o título já identifica a intenção da blogueira. Segundo o autor, era claro que o problema dos esmaltes estava unicamente nos fracos e nada relacionado às substâncias usadas no produto. “Carmon não estava interessada em escrever um artigo justo sobre o assunto”, diz Ryan. E não bastou a atitude maldosa da blogueira. Momentos depois de sua publicação, diversos outros blogs já estavam replicando as informações que Carmon havia, de má fé, passado. “Grandes blogs, que em sua maioria publicaram análises positivas do esmalte, entraram na conversa mole dela.”, diz o autor.
O resultado dessa atitude foi desastroso: a empresa familiar que havia produzido a linha especial de esmaltes teve suas portas fechadas e ainda teve que responder um processo. E nessa história toda, Carmon saiu por cima, mesmo sabendo que havia inventado uma história e desvirtuado os fatos. A blogueira saiu no lucro.
            Os blogs são um veiculo de informação que qualquer um pode ter acesso, porém ele deve ser utilizado da forma correta pois  tem um poder de persuasão muito forte sobre seu público leitor. Muitos jornalistas tem blogs independentes, assim eles publicam notícias dos mais variados assuntos. As postagens feitas em blogs tem um repercussão imediata na internet, logo que um determinado assunto é publicado, vários outros blogs postam sobre o mesmo tema. O blog tem um problema que é a falta de checagem nas informações, muitas vezes a notícia é falsa ou as fontes não são devidamente consultadas. 
            O blog rende lucro para seu dono através das visualizações. Por conta disso, muitos blogueiros fazem postagem polêmicas, apelando para o sensacionalismo para conseguir um número máximo de visualizações.

CAPÍTULO 14: O HALL DA FAMA DOS MANIPULADORES

                 Manipuladores de mídia, que arruínam a vida das pessoas. Como é o caso da diretora rural do Ministério da Agricultura dos EUA. Shirley Sherrod teve um vídeo com ideias racistas publicado. Em pouco tempo o vídeo estourou nas redes, indo aos canais de comunicação. Logo, Sherrod teve que renunciar seu cargo.No entanto, por tras dessa história, os manipuladores como Brietbart que ‘’editou’’ o vídeo. Segundo ele ninguém veria o vídeo completo de 40 minutos, por isso cortou e deixou nas partes consideradas por ele mais interessantes. Os jornalistas só repassavam a informação,dada por Brietbart, sem a devida apuração, o que gerou a repercussão errada sobre o caso ainda maior. Porem para ele a mídia consegue vantagens com essa manipulação de informações, como visualizações nas páginas, audiência, e leitores. As desvantagens seriam somente desmentir uma acusação. 
                 James O'Keefe, orientado por Breibart, seguiu com perfeição os passos do mestre. Em vídeos supostamente secretos em que se passava por cafetão, O'Keefe "mostrou" a organização comunitária ACORN ensinando cafetões a evitar impostos. Ele também gravou a Rádio Pública Nacional (NPR) aparentemente satisfeita por não revelar a fonte de uma grande doação feita por muçulmanos. Também chegou a planejar seduzir uma repórter da CNN em frente às câmeras, apenas para constranger a empresa.
A divulgação de seus vídeos editados e sensacionalistas  no resto da mídia como sendo verdadeiros deixa claro que a mídia põe de lado princípios como a verificação dos fatos a fim de ganhar audiência ou conseguir mais leitores.  A imprensa não se incomoda em ser usada. 
                
As histórias de O'Keefe são sempre vídeos editados e investigações falsas que os blogs utilizam como substitutos de materiais verdadeiros, que custam muito para produzir.
Quando forçado a revelar o vídeo integral dos casos da NPR e da ACORN, as vítimas já haviam sido despedidas ou marcadas publicamente, enquanto O'Keefe, pego como manipulador, tornou-se ainda mais famoso.
Quando foi processado por Sherrod, Andrew Breibart conseguiu ainda mais destaque nas mídias ao lançar o seguinte comunicado de imprensa: "Andrew Breibart sobre o Processo: 'Manda ver'."                
                 O autor Ryan Holiday conclui então,  que a melhor forma de fazer os críticos trabalharem para você, é provocando-os e deixando-os bravos. Dessa forma, com raiva e indignados, eles espalharão sua mensagem para todas as mídias. 
Breibart e O'Keefe não são simplesmente extremistas políticos, mas seus posts têm o objetivo de chamar a atenção, para conseguir assim, fama e lucro.

CAPÍTULO 15: TÁTICAS DE ENTRETENIMENTO ONLINE QUE ENTORPECEM VOCÊ E EU

                 Toda internet tem o seu formato construído especialmente para viciar os usuários. O segredo das mídias sociais para manter você conectado é manter o usuário constantemente atraído por algo, desencorajando o mesmo a ficar offline. Tudo que se consome online foi “otimizado” para que você fique dependente da internet.Os vídeos mais acessados de entretenimento do Youtube possuem curta duração, que são mais práticos e conquistam a atenção dos internautas. A imagem em miniatura do vídeo, chamada thumbnails, que aparece quando procuramos por um título, no Youtube ou no Google, normalmente apresentam imagens que tornam o conteúdo mais atraente, há casos em que a imagem apresentada não tem nenhuma relação com o conteúdo do vídeo, apenas está ali para fazer com que o usuário dê o click. Uma forma que o Youtube encontrou para fazer com que o usuário fique horas em seu site é a recomendação de vídeos.Há empresas que produzem entretenimento modificado, como a Cheezburguer Network – responsável por fotos de coisas que deram errado, infográficos, links com quase meio bilhão de visualizações por mês – que monitora as visualizações de cada página e a audiência dos sites, para moldar seu conteúdo de acordo com esses dados. Hoje empresas inteiras são construídas em torno desse modelo, explorando a intersecção entre entretenimento, impulso e as margens do lucro do conteúdo de baixa qualidade. O que elas produzem não é informação, mas informação geneticamente modificada. A Demand Media é especializada nesse tipo de mídia criada com base em algoritmos. A partir de algoritmos de computadores e bases de dados, eles criam a perfeição online na forma de conteúdo de baixo custo que atrai muitos cliques – o que os anunciantes adoram. O algoritmo da Demand vasculha a internet em busca de expressões lucrativas.
                Depois ele imagina uma publicação, como um tutorial em vídeo ou artigo curto, que combine tantas expressões populares quanto possível e estima um prazo de validade para o seu valor financeiro. Um segundo algoritmo examina novamente esse conceito, criando opções de títulos mais provocativos e favoráveis aos mecanismos de busca, depois um editor humano escolhe o melhor título. Quando o conteúdo está pronto para ser publicado, anúncios já terão sido vendidos. Esses anunciantes são o verdadeiro público da Demand Media.Quando as regras de conteúdo não vêm diretamente de especialistas e analistas de dados, elas são implícitas; os blogueiros sabem o que se espalha e agrada aos anunciantes.O conteúdo da internet é projetado para deixar o usuário tão envolvido e consumido pela bolha que nem percebe que está dentro dela. Se o usuário parar por um segundo que seja, ele pode ver o que está acontecendo. E então todo o modelo do negócio desmorona.

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