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quarta-feira, 24 de abril de 2013

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            Resenha: O que é o virtual - por Cristiane Lisboa


            No livro O que é o virtual? Pierre Lévy retrada o virtual e a virtualização. A virtualização é um dos principais veículos de criação de realidade. Relata a desterritorialização do virtual, a passagem do interior ao exterior e vice e versa através do efeito Moebius.

            A virtualização do corpo que se multiplica, sai de si mesmo, reinventa-se, vetoriza-se, reencarna-se.

            A virtualização do texto que se torna suporte à atualização do nosso espaço mental. O surgimento da escrita acelerou a exteriorização e a virtualização da memória. Os conhecimentos teóricos passaram a prevalecer sobre os narrativos, orais. A aprendizagem se tornou mais rápida e ocorreu uma celeridade de pensamento.

            A hipertextualização aumenta consideravelmente a produção de sentido e enriquece a leitura. A partir do hipertexto toda leitura torna-se um ato de escrita. A informação e o conhecimento são a principal fonte de produção de riqueza. O Turismo é o principal setor de negócios no mundo. Os novos recursos virtuais não se destroem e não se perdem, quando consumidos.

            A competência e a capacidade são os substitutos da força de trabalho dos trabalhadores da atualidade. O mercado online não possui distâncias geográficas e os produtos e serviços mais valorizados são os interativos. A virtualização técnica passou a virtualizar as coisas, os corpos e as ações.

            A humanidade ressurge de três processos de virtualização: signos, técnicas e relações sociais. A arte concentra três correntes de virtualização e da hominização: linguagens, técnicas e éticas.

            A gramática, a dialética e a retórica são quase sempre empregadas nos processos de virtualização. A padronização possibilitou a compatibilidade entre os sistemas de informação, econômicos e de transportes distintos. Participamos da inteligência coletiva que construiu as coisas e ferramentas que nos cercam. Podemos usufruir dessa inteligência coletiva que aumenta e modifica nossa própria inteligência. Uma sociedade inteligente em todos os setores será bem mais eficiente que uma sociedade com inteligência dirigida.

            O processo de virtualização pode ser analisado em operações gramaticais, analíticas e retóricas. Passa por quatro etapas: a realização, a causa formal, a causalidade eficiente e a causa final.
 
 
Cristiane Lisboa

 

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