Resenha: O que é o virtual - por Cristiane Lisboa
No livro O que é o virtual? Pierre Lévy retrada o virtual e a virtualização. A virtualização é um dos principais veículos de criação de realidade. Relata a desterritorialização do virtual, a passagem do interior ao exterior e vice e versa através do efeito Moebius.
No livro O que é o virtual? Pierre Lévy retrada o virtual e a virtualização. A virtualização é um dos principais veículos de criação de realidade. Relata a desterritorialização do virtual, a passagem do interior ao exterior e vice e versa através do efeito Moebius.
A virtualização do corpo que se
multiplica, sai de si mesmo, reinventa-se, vetoriza-se, reencarna-se.
A virtualização do texto que se
torna suporte à atualização do nosso espaço mental. O surgimento da escrita
acelerou a exteriorização e a virtualização da memória. Os conhecimentos
teóricos passaram a prevalecer sobre os narrativos, orais. A aprendizagem se
tornou mais rápida e ocorreu uma celeridade de pensamento.
A hipertextualização aumenta
consideravelmente a produção de sentido e enriquece a leitura. A partir do
hipertexto toda leitura torna-se um ato de escrita. A informação e o
conhecimento são a principal fonte de produção de riqueza. O Turismo é o
principal setor de negócios no mundo. Os novos recursos virtuais não se destroem
e não se perdem, quando consumidos.
A competência e a capacidade são os
substitutos da força de trabalho dos trabalhadores da atualidade. O mercado online
não possui distâncias geográficas e os produtos e serviços mais valorizados são
os interativos. A virtualização técnica passou a virtualizar as coisas, os
corpos e as ações.
A humanidade ressurge de três
processos de virtualização: signos, técnicas e relações sociais. A arte
concentra três correntes de virtualização e da hominização: linguagens,
técnicas e éticas.
A gramática, a dialética e a
retórica são quase sempre empregadas nos processos de virtualização. A
padronização possibilitou a compatibilidade entre os sistemas de informação,
econômicos e de transportes distintos. Participamos da inteligência coletiva
que construiu as coisas e ferramentas que nos cercam. Podemos usufruir dessa
inteligência coletiva que aumenta e modifica nossa própria inteligência. Uma
sociedade inteligente em todos os setores será bem mais eficiente que uma
sociedade com inteligência dirigida.
O processo de virtualização pode ser
analisado em operações gramaticais, analíticas e retóricas. Passa por quatro
etapas: a realização, a causa formal, a causalidade eficiente e a causa final.
Cristiane Lisboa
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