A obra de Pierre Levy “O que é o virtual”, desenvolve de forma bem argumentada questões sobre virtualização, atualização, potencialização e realização. A virtualização não ocorre somente nos computadores, o virtual existe em nosso dia-a-dia. No início da web, havia uma separação clara entre o real e o virtual. O primeiro era o domínio do palpável, dos pés no chão e o segundo remonta um inventivo de uma solução a um problema complexo, é o questionamento, o virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual. Segundo Levy, “O real seria da ordem do ‘tenho’, enquanto o virtual seria da ordem do ‘terás’, ou da ilusão”. O livro também trata da inteligência coletiva, que seria o pensar em comunidade, nós jamais pensamos sozinhos. O conceito de inteligência coletiva pode se desenvolver na web, mas é anterior à aparição da rede. Para o jornalista isso é muito importante, se um leitor gosta de uma matéria ele vai distribuí-la pela rede. O leitor também pode ajudar na produção de uma notícia, se o jornalista não estiver no local no fato, no momento do acontecimento outra pessoa pode fotografar e relatar o acontecido, isso pode ser publicado na internet e o jornalista ira apurar os fatos para complementar o noticioso. Pensando nisso grandes agências de notícias criaram canais para leitores e telespectadores compartilharem informações coletadas pelos próprios. Pierre Levy também retrata em sua obra o hipertexto, sites que levam a outros sites, as informações se complementam. O real está cada vez mais se tornando virtual para o jornalismo isso toma uma proporção imensurável, notícias a todo o momento, o que antes teria que esperar para ser publicado no jornal do dia seguinte, hoje é noticiado no momento do acontecimento o que torna o jornalismo uma profissão de agilidade e torna esse momento super competitivo, todos querem ser os primeiros a dar a notícia.
Heloisa Quierati
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