Pierre Lévy é um dos primeiros autores que busca entender
realmente o fenômeno “virtual” em uma análise não tão “digitalizada” da
internet em seu livro chamado “O Que É Virtual?”. Com uma visão filosófica,
Levy tenta explicar em seu livro o que realmente significa ser virtual. Segundo
o autor, a palavra “virtual” vem do latim virtulis,
que significa uma imitação do real, ausência de existência.
No livro, o virtual entra em oposição com o atual, sendo o
virtual “algo que existe em potencia” e o atual a resolução de algum problema
apresentado pela virtualização. “O virtual não se opõe ao real, mas sim ao
atual” (pág. 15).
O virtual está ligado à tecnologia, o que possibilita aquilo
que o autor chamou de Efeito Moebius (“A passagem do interior ao exterior, e do
exterior ao interior”). Viramos nômades, mudando o centro de gravidade de um
ponto para vários. Hoje, não precisamos necessariamente estar em um determinado
local para sabermos de algum acontecimento, e devemos isso a virtualização.
Porém, segundo Lévy, o virtual não é somente algo ligado a
internet. Temos virtualização nos automóveis, nos meios de comunicação. O
virtual seria somente uma maneira de “criar” novas maneiras de viver.
Para o autor, existem três processos de virtualização que são
importantes para a nossa vida: O desenvolvimento e linguagens, a multiplicação
das técnicas e a complexificação das instituições. Esses três
processos são considerados de extrema importância para o nosso cotidiano, o que
influência nossa maneira de viver e a forma com que iremos evoluir daqui para
frente.
Aluna: Desirée Davoglio.
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