O livro "O que é virtual?" de Pierre Lévy é um dos primeiros livros que busca realmente entender o fenômeno "virtual" através de um análise menos "digitalizada" da internet. A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, que significa força, potência. O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado no entanto pela concretização efetiva ou formal. No livro, a falsa oposição entre real e virtual é desmistificada: virtual = algo que existe em potência vs. atual = resolução do problema apresentado pela virtualidade. Ou seja, ao virtual apresenta problemas que são resolvidos pelo atual. Em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real; o virtual se opõe ao atual - virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes (pg 15). E o real assemelha-se ao possível.
Normalmente, quando vemos o termo "virtual", automaticamente pensamos na internet. Porém, Lévy mostra em seu livo que antes mesmo do surgimento das tecnologias eletrônicas e da internet, já existiam veículos de virtualização, como por exemplo a religião, a imaginação, a memória e o conhecimento.
Para Lévy, três processos de virtualização fizeram emergir a espécie humana: o desenvolvimento e linguagens; a multiplicação das técnicas; e a complexificação das instituições (pg 71).
Existem vários tipos de virtualização, como por exemplo a virtualização do texto. Lévy afirma que o texto é uma entidade virtual e abstrata e atualiza-se por meio da leitura. Um outro exemplo é a virtualização da ação, como exemplo temos a roda de um carro, ela virtualiza a ação do andar, o que facilita a vida das pessoas. A virtualização sempre esteve presente em nossas vidas, e ela influencia em diversos aspectos, principalmente no que se diz respeito à evolução da espécie humana.
Aluna: Luiza Borges Jacometto
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