“O que é o Virtual” mostra de uma forma contextualizada as
consequências da virtualização na humanidade moderna. Através de um modo
reflexivo e fundamentado, o autor simplifica o conceito de virtual: “virtual
não é o contrário de real, mas sim tudo aquilo que tem potencialidade para se
concretizar”. Ou seja, o real é “o que existe”, e o virtual seria “o que há de
existir”. A partir daí, Levy traz uma
discussão sobre o que é o virtual, contextualizando a manifestação da
virtualização e como ela afeta os corpos, a economia, a sensibilidade e a
inteligência das pessoas. Então, o virtual não se opõe ao real, mas sim ao
atual. O corpo, o texto e a economia também fazem parte desse processo de
virtualização. A virtualização do corpo existe quando usamos de vários meios
para estarmos em mais de um lugar ao mesmo tempo, como por exemplo, hologramas,
ou a introdução de próteses no corpo. A virtualização do texto é através da
leitura, porque na leitura fazemos ligações do texto com outras informações,
assim atualizamos o texto, ele sofre muitas modificações ao longo desse
processo. A economia moderna é uma economia de desterritorialização ou da
virtualização, e o setor financeiro, a base da economia mundial, é com certeza
uma das atividades mais características da virtualização.
O autor afirma que a virtualização não começou com algum
humano, mas sempre esteve presente na história de vida. Levy conclui que a
virtualização não é algo recente, e que possível, real, virtual e atual, cada
um tem seu próprio espaço, mas geralmente operam juntos em cada processo
concreto que podemos analisar. “O que é o virtual” mostra a importância do
virtual para o desenvolvimento da sociedade em que vivemos. Pierre Levy afirma
que o virtual é “um movimento pelo qual se constitui e continua a se criar a
nossa espécie”.
Luíza Giovana Rampelotti Pinto
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