Por Eluyse de Lima Cirino
Em sua obra Cultura da Convergência, Henry Jenkins procura
explicar para os leitores as alterações que ocorreram nos aparatos tecnológicos
nas últimas décadas e como isso é rentável tanto para o consumidor quando para
os produtores de informação.
Usando exemplos do nosso cotidiano Jenkins mostra sua teoria
colocada em prática, teoria essa que tem como base a inteligência coletiva e
cultura participativa, pois sem esses dois conceitos a convergência não
aconteceria de forma tão efetiva. No decorrer do livro é perceptível que nós
estamos vivendo uma era em que a convergência está presente em basicamente
tudo, mas acabamos não percebendo. A genialidade de trabalhar com a
convergência é que ao se utilizar diversas plataformas o conteúdo muda e isso
faz com que o consumidor desse conteúdo tenha vontade de ir atrás de mais
informações para agregar ao seu conhecimento. A interação do consumidor com o
produto é essencial para que um projeto de convergência de certo.
Juntando com a inteligência coletiva e os três princípios da
Cauda Longa a real convergência só ocorre quando há a interação do público
consumidor que repassa informações para pessoas próximas e instiga outros a
consumirem o produto. Claro que existem alguns problemas no decorrer da
utilização, como é o caso da franquia Matrix que utilizou as plataformas de
meio que uma levava a outra e que se o fã não fosse atrás de todas as
plataformas acabaria sem compreender direito o produto final.
Jenkins também trata da Economia Efetiva que tem como
caráter prender os consumidores pelas emoções, oferecendo uma experiência que
vai além dos produtos e como a mídia pode influenciar para isso e levar, de
fato, o consumidor a comprar certas ideias de determinada marca.
Com o livro de Henry Jenkins podemos concluir, mais uma vez,
que a convergência é importantíssima e é uma ferramenta que nós devemos dominar
para atrair o público de forma que não apenas que o estimule o público para
procurar mais sobre o assunto como também o atinja emocionalmente e faça com
que exista uma interação para poder existir um real entendimento do assunto,
desde o público que quer saber apenas um pouco como para o fã que quer todos os
pingos nos is.
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