Carolina Casagrande Fabiani
Henry Jenkins ,
em seu livro “A cultura da convergência”, mostra um fenômeno que está
transformando a cultura e a sociedade. Para o autor, a convergência das mídias ocorre
na mente dos consumidores e em suas redes sociais, em múltiplos canais de
comunicação e a partir da interatividade de uns com os outros. Ele se opõe a
ideia de que as pessoas vão convergir às mídias em somente um único e
especifico aparelho. A convergência estaria
muito mais associada à maneira como a informação é recebida, processada e re-elaborada
pelas pessoas.
O autor também aproxima a ideia de inteligência coletiva
com a convergência das mídias. Jenkins cita que, em uma sociedade de
caçadores, as crianças aprendem brincando pela informação. Era possível que o
individuo dominasse todos os saberes da sociedade, seria um grande sábio. Hoje
é diferente. É impossível saber tudo, todos sabem pouco sobre algumas coisas.
No caso, também um forma de inteligência coletiva. Um bom exemplo disso seriam
os sites permitem aos consumidores colaborarem com informações.
A
narrativa transmidiática, discutida na obra, representa um novo modelo, que
capta a exigência dos consumidores e depende da participação ativa das
comunidades de conhecimento. Ela nasce como resultado do desenvolvimento da
cultura da convergência.
Heroes
e Matriz, para o autor, são símbolos dessa narrativa. “A narrativa transmidiática refere-se a um novo
modelo que surgiu em resposta à convergência de mídias, captando as exigências
dos consumidores e dependendo da participação ativa das comunidades de
conhecimento. A narrativa transmidiática é a arte da criação de um universo”. Quando se cria um universo ficcional o
sentido só é plenamente compreendido quando o conteúdo é experimentado em todo
o seu conjunto.
Cada mídia funciona como uma peça e todas se completam num
quebra-cabeça e proporcionam maior entendimento sobre o assunto. O modelo
transmidiatico permite que a pessoa escolha com qual parte se envolver.
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