Nas
últimas semanas, o Brasil presenciou uma das maiores epidemias de
manifestações da história. E podemos claramente relacionar os
episódios recentes com o conteúdo do livro A Cauda Longa, de Chris
Anderson.
"Faça,
publique, recomende" são as três ações que envolvem o
desenvolvimento da cauda longa, que é composta pela cabeça
(concentração de hits) e o restante do corpo (concentração de
nichos). Inserindo a teoria no exemplo das manifestações, podemos
considerar as redes sociais como o grande hit, este que motivou os
protestos de grande parte dos brasileiros que foram às ruas. A maior
parte das ações foi planejada na internet, alcançando um número
absurdo de pessoas e
ainda mais força às mobilizações.
Considerando
a cobertura jornalística durante os protestos, podemos relacionar
com a regra 80/20, no qual 20% dos produtos (neste caso, as notícias)
geram 80% das receitas (refere-se à audiência). Os hits são os
veículos de notícias mais poderosos, como Rede Globo, Folha de São
Paulo, Terra, dentre tantos outros. Estes são os veículos que,
embora recebam críticas relaciodas à maneira como conduzem as
informações que divulgam, alcançam o grande público em geral. No
entanto, estes veículos têm interesses próprios e às vezes isso
acaba se refletindo no material que produzem. Em oposição, estão
os nichos, que podem ser perfis em redes sociais, blogs, portais de
notícias menores e até o "boca-boca". A diferença é que
nem sempre estes nichos refletem um interesse por trás. Talvez por
isso, muitas pessoas optam por este tipo de filtro para checarem as
diversas versões de um mesmo acontecimento. O compromisso aqui,
antes de qualquer coisa, deve ser com a verdade, ou o mais próximo
que se pode chegar dela.
Com
a Era Digital, podemos afirmar que houve a democratização do acesso
às informações, assim como a democratização dos meios de
produção e distribuição de informações, com o advento da
internet principalmente. No entanto, não podemos fazê-lo de regra.
A realidade é que muitas pessoas ainda não têm acesso à internet
e mal sabem o que é o tão citado Facebook. A televisão ainda é o
maior ponto de referência e talvez este seja o problema: a
população, em geral, se deixa manipular pelo que se passa nos
noticiários, sustentando as empresas que sensacionalizam tudo que
vêem pela frente.
Aluna:
Graziela Carine Fioreze
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